quarta-feira, 18 de junho de 2008

Daí que criaram uma comunidade contra minha "turma" na sala. Não é uma coisa do tipo "eu odeio...", mas é quase isso. Só que de maneira inteligente. Acontece que a gente sempre soube que existiam pessoas que não gostavam da gente, afinal, a recíproca é verdadeira. Só que: a) nunca foi tão explicito; b) quem criou a comunidade foi uma pessoa que a gente não tem nada contra. Todo mundo adora falar "tô nem aí pro que pensam de mim, sou melhor que vocês" e tudo mais. Só que eu não. Lógico, não perdi meu sono por isso, nem estou com borboletas no estômago, mas realmente me incomoda que alguém quem eu não tenho absolutamente NADA contra faça uma coisa dessa. Se fossem outras pessoas, beleza, tava pouco me fudendo, mas sei lá. Ok, a comunidade não é voltada pra mim especificamente, já me alertaram isso, mas de qualquer forma, eu estou incluído no grupinho. Não sei como isso vai terminar, até porque nesse caso, a gente tá errado. A comunidade diz respeito ao barulho que nós fazemos na sala, que realmente incomoda (hoje, na verdade, incomodou até a mim), e assim, se é alguém que mal vai a aula ou que nem presta atenção, beleza, tava nem aí pra eles, mas agora quem está reclamando são pessoas que realmente estudam e isso é foda. Não somos donos da sala nem temos esse direito de incomodar. Teve gente que deu diversas idéias de vingança e tudo mais, só que eu sou contra. Temos que abaixar a cabeça desta vez, não tem jeito, tem que saber quando tá errado. A gente não precisa se igualar à criancice do outro lado. Até porque, é impossível deixar de pensar que é um pouquinho de inveja. Afinal, a gente conversa, brinca, ri, canta, não presta atenção na aula, mas mesmo assim, soma lá a média de todo mundo, fazer o quê?, a nossa é maior.

sábado, 14 de junho de 2008

nunca mais vou beber.

terça-feira, 10 de junho de 2008

Cara, desesperei hoje. Foi o seguinte, tava na faculdade, numa palestra, daí começou maior cheiro de queimado. Nisso, fui no banheiro jogar uma água no rosto, afinal, era uma palestra sobre agronegócio e da janela consegui ver meu prédio. E muita fumaça saindo dele. Sai correndo desesperado, nem lavei a mão. Tá, na verdade eu não estava desesperado até sair da faculdade, mas quando cheguei na rua e vi a galera que tava lá em volta, desesperei. Daí sim sai correndo, esbarrando em um monte de gente. Quando cheguei na esquina encontrei o Guilherme, que mora comigo, e vi que ele também tava cansado de correr, mas que não estava com cara de "putaquepariuminhacasapegoufogo", então me acalmei. Daí percebi o que tava acontecendo. Era uma casinha de madeira, beeeeeem velha que tem em frente ao prédio, que tava em chamas. Tinha bombeiro, tinha polícia, tinha repórteres, tinha até gente chorando, mas quase certeza que era por causa da fumaça. Aliás, eu quase chorei quando vi que a janela do meu banheiro tava aberta. Entrei no prédio, subi 6 andares a pé (oi, precisa MESMO desligar a energia do prédio? ¬¬) e vi que meu quarto tava empestiado de fumaça. Mesmo com o frio da porra que tá aqui, tive que deixar a janela aberta a tarde toda pra ventilar.

Com relação à casa que não é mais, moravam uma mãe, quatro crianças e um cachorro ali. Sim, é de dar dó, mas ao mesmo, pra mim (e todo mundo) que mora aqui, é de dar um pouco de alívio também. As crianças não paravam de gritar o dia todo e a mulher, com todo seu espírito maternal, batia neles descaradamente pra eles pararem. Sem contar a menina mais velha, que tinha o que, uns 14 anos no máximo, que achava super normal fazer sexo com o namorado às 5h da manhã, no quintal da casa, em frente a rua. Não to dizendo que eles mereceram, ninguém merece isso, mas sei lá, não consigo deixar de pensar que agora vou ter noites calmas e manhãs de domingos agradáveis, sem gritaria nem palavrões em altos decibéis. Ah, sabe o motivo do incêndio? A mãe esqueceu a chapinha ligada, saiu e deixou as crianças sozinhas em casa. O conselho tutelar já apareceu aqui, mas ninguém sabe o que vai acontecer com eles. Se quiserem, eu adoto. O cachorro, óbvio.

Bom, deixa eu vestir o casaco de neve e abrir a janela de novo, porque tá impossível o cheiro de fumaça aqui.

sábado, 7 de junho de 2008

Era pra eu contar uma coisa super engraçada nesse post, mas esqueci o que era.

Enfim, tô ouvindo bastante Beatles ultimamente. Principalmente Eleanor Rigby. Pra quem não sabe, fala sobre pessoas solitárias. Daí ontem fiquei sabendo que a Larissa comentou com as meninas que moram com ela que acha que nem eu nem o Christian nunca vamos nos casar. A parte do Christian eu concordo, tem que ter muita paciência para casar com ele, duvido que essa mulher (santa) já nasceu. Mas eu... pô, cara, eu quero casar. Pelo menos acho que quero. Não que me imagine na família Doriana, acordando deitado naqueles lençóis brancos esvoaçantes, enquanto dou um beijo apaixonado sem escovar os dentes na minha esposa linda e maquiada, que também acabou de acordar, até que nossos dois filhos (a menina mais velha que o menino) entram e pulam na cama and we have the time of our lives, every morning. Não me imagino nem um pouco assim, me imagino alguém normal. Que vai terminar a faculdade, encontrar alguém bacana, vai fazer uma festinha de casamento e que vai torcer pra dar certo. Filhos serão consequência.

A questão disso tudo pra mim não é o espelho que tenho da minha família, que está unida faz 21 anos sem maiores problemas (e muito feliz), muito menos pelo romantismo dessa idéia toda que o casamento trás. O que me dá medo é simplesmente envelhecer sozinho. Não quero ser o coroa que vai jantar na casa do casal de amigos no domingo de páscoa só porque eles estão com dó de você não ter uma família para compartilhar esse momento. Nem ser o tio legal dos filhos da minha irmã, que só ensina besteira e fala coisas constrangedoras nos jantares de família. Quero alguém pra estar comigo pra sempre, naquela baboseira toda que o padre durante o casamento na igreja. Quero continuar a sair e viajar com meus amigos, mas com minha mulher junto. Quero dar primos para os filhos da minha irmã. Primos mais legais dos que nós tivemos.

Hoje em dia não tenho medo de ficar sozinho, porque sei que i'm young and i'm alright, mas e daqui a 20 anos? 30 anos? Não é fácil conhecer gente nova nessa idade. Não é fácil recomeçar, como é hoje em dia.

Ao contrário de uma galera, acho que meu maior medo não é morrer.

É morrer sozinho.

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Patty: Ele vai vir até PG só pra me ver. Ele disse ontem que é a maior loucura que ele já fez na vida.
Eu: Putz, ele tá mal de loucuras então.

Não que eu não ache que ir atrás de alguém em outra cidade não seja uma coisa bacana. Mas sei lá, chamar de loucura é demais. Ainda mais se você tem grana pra fazer isso, vai dormir na casa de uma amiga, já está certo de que vai pegar a menina e tudo mais. Cadê a loucura nisso? Só que daí fiquei pensando depois qual a maior loucura que já fiz. Já aprontei bastante, principalmente na escola, mas nada que me fosse motivo para me mandar pro refomatório, até porque eu (e minhas notas) sempre exerceram uma magia inexplicável nos professores, diretores e orientadores, que na maioria das vezes me deixavam sair ileso, com aquela piscadela dizendo "eu sei que você não teve nada a ver com isso" ou "tudo bem, você vai levar advertência porque todos levaram, mas vou ligar para sua mãe agora e explicar que você não teve nada a ver com isso". Até mesmo quando eu e um grupo de amigos do terceirão quebramos a placa de captação de energia solar da escola não deu em nada. Talvez seja porque a gente saiu correndo e não deu tempo de ninguém ver a gente no lugar do crime. Mas mesmo com todas essas, hum, digamos, aventuras, a maior loucura que certamente eu fiz foi outra. E com certeza, eu não me arrependo. Em janeiro de 2007 fui para São Paulo com trezentos reais no bolso e uma única certeza: encontrar amigos que fiz na internet e assistir a um show com eles. Não os conhecia, mal sabia onde ia me hospedar, nem pensava em como ia me locomover em Sampa, mas fui mesmo assim.
O hotel podia ser uma boca de fumo (tá, era quase), onde eu quem sabe fosse preso por justamente estar ali. Eu poderia ser morto pisoteado durante o show por fãs histéricas que não tem o mínimo de noção de segurança e bem estar. Mas, o pior de tudo, eles poderiam ser pessoas péssimas, nada a ver com aquelas que eu conheci na internet. Só que não, eles foram (e são) ótimos. O hotel era ruim, mas rendeu ótimas risadas. Passei dois dias na fila, mas foram os melhores momentos da viagem. Quase morri pisoteado, mas valeu a pena só por ter a história pra contar. E no fim, quando nos despedimos no metrô, após um dia de calmaria e boliche no shopping, tive que me segurar muito pra não chorar que nem criança na frente deles. Não que eu tenha vergonha ou não goste de demonstrar meus sentimentos, mas eu não queria estragar aquele momento tão bacana nosso com uma cena melodramática. Com certeza, essa foi a maior loucura que já fiz. Poderia ter dado tudo errado, mas não deu. E não sei se foi graças a deus, mas com certeza, foi graças a eles.

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Então, quando o orkut veio com aquela ferramenta nova que mostra as atualizações que seus amigos fizeram no perfil deles achei um saco. Tanto é que desabilitei o meu e ninguém sabe quando eu coloquei foto nova. Só que depois descobri que era uma boa pra me manter updated de tudo que tá rolando na vida alheia. Foi por ali, por exemplo, que descobri que a X tá solteira e ninguém vai lhe segurar (daquele jeito!), bem como foi conferindo as atualizações que vi que meu pai colocou fotos antigas e terríveis minhas e da minha irmã. A Lika me falou que ela sempre "denuncia como abuso" quando o pai dela faz isso e, convenhamos, achei super certo, afinal, é realmente um abuso. Mas depois ela disse não adiantava nada daí nem perdi meu tempo.
Agora também tem aquele negócio de tag, copiado do myspace. Sei lá, acaba com clima de azaração e paquera, porque, se você vê a gatinha no álbum e ela tá tagueada (oi?), é só clicar e já tá no profile. Isso corta todo aquele caminho de investigação, que é super bacana. Quem nunca ficou procurando dentro dos 545 amigos o orkut da menina da foto? Ou quem nunca entrou em comunidade de colégio e olhou todos os membros só pra achar ela? Ou quem nunca ficou pesquisando variações de nomes torcendo pra acertar, mesmo sabendo que é impossível? Hein? Ninguém? Ah sim, é, eu também não.
Só que voltando pras atualizações, hoje eu percebi uma coisa interessante. Tinham cinco pessoas seguidas na listinha que alteram o "quem sou eu". Se lá, achei isso muito... crise de identidade.
Alguém tem idéia pra TCC? Qualquer sugestão é valida.

terça-feira, 3 de junho de 2008

Hoje eu tava ouvindo o pessoal que ainda trabalha na assessoria reclamando de exploração e tudo mais, sempre pensando que a culpa é deles, afinal, quando eu era estagiário lá eu não deixava a chefe montar em mim, até que eu lembrei de um episódio que vou levar para a vida toda.
Era uma sexta-feira né?, e como Murphy não falha, eu já tinha tudo programado pra naite. Até que me avisam que temos que ajudar a cobrir um leilão beneficente que ia acontecer naquela tarde. Pra mim, beleza. Não que eu seja alpinista social e adore fazer contatos com pessoas, hum, importantes da cidade, mas é que sempre tem um buffet foda nesses eventos e uepa, comida e bebida de graça, não precisa falar duas vezes. Acontece que chegando lá o coordenador do leilão chegou pra mim e pro Chris, os únicos homens, e disse:
- Então, vocês dois pegam os quadros daqui do lado, sobem no palco, coloca no cavalete e depois de vendido descem com eles novamente.
Oi? Eu sou jornalista (quase), meu querido. Tô aqui como imprensa, garotão. Pelo menos era isso que eu pensava, até a chefe dar aquela olhada no melhor estilo "sou educada, mas você sabe que posso ser uma vaca com você se quiser" e lá fomos nós subir com os quadros. Comecei a pensar "não, tudo bem, beleza, daqui a duas horas isso acaba e eu to livre". Haha, ledo engano, again. Cheguei na chefe e pergutei se tinha alguma previsão de que horas aquilo ia acabar e ela na maior naturalidade disse: ah, umas 5h da manhã. Cara, se eu xinguei ela mentalmente por 15 minutos, foi pouco. Daí entreguei pra deus. Subi, desci e até passei com os quadros. Tinham uns com nomes super legais tipo "Picasso para mulheres". Cara, genial esse nome, sério.
Mas então, até que teve seu lado bom. Na hora de comer, comi que nem um porco. Foda-se a etiqueta, peguei de tudo um pouco e ai de quem falasse alguma coisa. Dai uma hora resolvi dar uma bebidinha né, só pra descontrair. Cara, duas horas depois eu e a Mari já estavamos pra lá de Bagdá, se oferecendo inclusive para apresentar o leilão. Nossos amigos, super sensatos nos impediram disso. Uma pena, deveria ter feito. Tinha ótimas piadas para ajudar a vender o "Picasso para mulheres".

domingo, 1 de junho de 2008

Odeio voltar pra realidade. Não quero ir pra aula da Joscelaine amanhã de manhã, não quero ver a cara de nojo da Cíntia e tenho certeza que vou me incomodar com a alegria da Vanessa. Sim, só professoras amanhã, todas insuportáveis. Ok, pode ser que eu esteja insuportável, mas é assim que eu me sinto toda vez que volto de viagem.

O ser humano é adaptável. Sério, essa frase é perfeita pra mim, basta eu ficar quatro dias de pernas pro ar, com café da manhã e camareiras limpando meu quarto que eu me adapto muito bem. Principalmente se o terceiro ano da faculdade é uma merda, todas as matérias são ridiculamente chatas e tá um frio da porra (?).

Mas o pior ainda é ter que administrar duas turmas diferentes, que aparentemente estão em conflito e logo logo explodirão em uma briga homérica, na qual eu vou ter que tomar algum partido e escolher um lado para apoiar, sabendo que vou perder a amizade que tanto gosto do outro lado, resultando numa gastrite nervosa muito foda, nos moldes da que eu tive no primeiro ano.

Pronto, desabafei. Não quero voltar pra realidade, amanhã não me deixa acordar.
No post passado eu tava falando sobre como intimidade é uma merda, dai senti necessidade de desenvolver mais o assunto. Não que eu não goste de ficar íntimo de alguém ou coisa parecida. Eu sempre me dei muito melhor com amigos do que com amores, e pra mim amizade verdadeira tem que ter intimidade, principalmente naqueles momentos em que você mais precisa, quando por exemplo seu amigo chega e fala "cara, você não vai pegar essa baranga" ou quando aquela sua amiga diz "não saio com você vestido assim nem a pau". Mas o que me incomoda é quando as pessoas ultrapassam a linha tênue que divide o engraçado do vergonhoso. Contar que pegou alguém na festa ontem é bacana, dar alguns detalhes tudo bem, mas dizer que pegou no peito, lambeu a panturrilha e deu tapa na bunda já é um pouco demais pra mim. Mesma coisa quando começa a arrotar e peidar na minha frente. Tudo bem, um peidinho aqui, um arrotinho ali beleza, mas sei lá, não sou obrigado a sentir seu peido tantas vezes a ponto de ser capaz de identificar ele quando você soltar e não avisar.
Talvez eu seja assim porque eu sou chato ou talvez porque eu não faço isso com os outros. Dificilmente você vai ouvir eu falando detalhes sórdidos de coisas que eu fiz, nem vai me ver peidando por ai ou arrotando em público. Não que eu seja um primor de educação, mas eu simplesmente não me sinto a vontade. Isso com todo mundo, inclusive com as pessoas com quem eu mais convivo e confio. Menos com meus pais, que tem que aguentar meus peidos no carro toda vez que a gente viaja, mas cara, sei lá, quem mandou me fazer?