sábado, 10 de outubro de 2009

Amigos não precisam ser iguais. A graça de tudo está nas diferenças. Eu não preciso pensar e agir igualzinho a você pra que nossa amizade dê certo. Você não precisa ter os mesmo valores que eu para que eu te considere meu amigo. Eu sempre vivi sob esse pensamento, com essas idéias. Nunca exigi que meus amigos tivessem as opiniões iguais às minhas, porque as pessoas simplesmente são diferentes. Tiveram criações diferentes, experiências distintas. O caráter de cada um é formado de um jeito, que nem sempre é o mesmo.

E olha que eu já relevei muita falta de caráter. Falta de ética então, nem se fala. Já acobertei muita burrada, já corrigi muita coisa para que os problemas não caíssem nas costas de quem realmente merecia. Já defendi pessoas quando elas estavam mais erradas. Já briguei por causas das quais eu não acreditava. E o preço que se paga por isso? Bom, eu sempre soube, não posso me enganar. É a indiferença. Porque pessoas que não vêem a vida sob essa ótica, não sabem dar valor a nada. Não sabem olhar boas ações nos outros. Para elas, tudo sempre tem um motivo por trás. Ninguém faz nada por pura bondade mesmo. Para essas pessoas, não existe gente boa, só existe gente burra. É, sempre assim, quem faz alguma coisa por que está com vontade, sem querer nada em troca, é burra. Para essas pessoas, o dinheiro é mais importante que tudo. E incrível como elas sempre estão sem ele. Por que será? Essas pessoas, não sabem aprender com os erros, acham que já sabem tudo. São incapazes de admitir que existe muita coisa aí fora, no mundo, que elas não conhecem. São fechadas. São tristes. Nunca tiveram amigos. E não sabem como tratá-los, quando os têm.

Eu conheci pouquíssimas pessoas assim na minha vida, para falar a verdade. Nos últimos anos, apenas uma, que na tentativa desesperada de sair por cima, acabou atingindo o fundo do poço. Eu perdi só mais uma amizade. Essa pessoa perdeu um dos melhores amigos que ela já teve. Percebem a diferença? Pois é, da sua amizade, eu não preciso mais, nunca mais, GRAÇAS A DEUS!

domingo, 28 de junho de 2009

Só pra não esquecer essa noite

Ontem, 27/06/2009, era pra ser sido uma bosta. Ia ter festa junina da sala, não tinhamos vendido nenhum ingresso, ninguém tava afim de trabalhar... enfim, expectativa zero. Mas, como já aprendi antes, expectativa é uma merda. No fim, a noite saiu melhor do que eu esperava, com três momentos tão inesquecíveis, a ponto de eu ressucitar esse blog só pra escrever como foi e nunca mais esquecer.

Pra começar, como eu disse, a festa não tinha NINGUÉM. Acho que a lotação máxima foi tipo, 12 pessoas. Resolvemos fingir que estavamos n'A Fazenda (ou BBB), naquelas festas onde só os participantes estão presentes. Maaas, como Deus é bom, ele inventou o álcool, e ele salva qualquer noite. Quando eu vi, estavamos no momento marcante número 1. Imagine 10 pessoas, vestidas de caipira, dançando "Um Morto Muito Louco" com passos de Thriller. Foi emocionante, nossa melhor homenagem ao Michael.

Continuamos nessa até umas 23h30 e, depois do Augusto contar sua maravilhosa história do café (em breve no Youtube), resolvemos ir na Rehab, uma baladinha rock/emo/indie que tava rolando no Bola 13. Obviamente, como qualquer pessoa NORMAL, eu e o Augusto fomos de caipira. Esse foi o momento número 2. Chegamos no Bola de calça com retalhos, camisa xadrez, chapéu, bigodinho feito à lapis e dente pintado de preto. O segurança olhou pra gente e perguntou:

- Vocês têm certeza que estão na festa certa?

Fingimos não ouvir e entramos mesmo assim. Galera lá dentro chocada com nossa cara de pau, não sei porque, sendo que 80% do pessoal também tava usando lápis no rosto. Ficamos lá pirando, dançando tipo Ting Tings com passos do Michael. Tá ligado aquele passinho que o MJ fazia, puxando chapéu pra baixo com uma mão e o saco com outra, enquanto gritava "AU"? Tipo, fizemos em todas as músicas. Priceless. Nada como um chapéu de palha (L). Eu já tava tão doido que nem precisei beber lá dentro, o que é um ponto positivo porque devo ter uns 8 reais na carteira até o dia 05.

Na verdade, a culpa de eu ter pouco dinheiro agora tem a ver com o terceiro e último momento foda da noite. Na hora que bateu a bad resolvi ir embora, deixei o Guto lá com a Jenny e segui para onde qualquer pessoa normal iria na minha situação: o drive thru do McDonald's. Que obviamente, estava LOTADO. Fingi que não estava acontecendo nada e entrei na fila dos carros. A pé. Vestido de caipira. Mais bêbado que o Rafael do Polegar. Se Amy Winehouse me visse ela sentiria vergonha. Mas enfim. Segui na fila, ignorando as piadinhas, rindo da maioria (tenho que admitir que o "DEIXOU A CARROÇA NO ESTACIONAMENTO?" vinda do carro de trás foi ótima) até chegar na cabine. A atendente obviamente caiu na risada quando me viu, desconfio que o meu bigode já estava todo borrado. Ela tentou segurar mas eu falei "tá, vai, pode rir", ai ficamos amigos.

Mentira, nem ficamos. Peguei meu Cheddar e vim pra casa, bem feliz, como se eu fosse a pessoa mais sensata do mundo. No caminho encontrei com o meu vizinho do apê do lado, tentei ir mais rápido para não ter que dividir o elevador, porque me bateu a idéia de que seria meio CONSTRANGEDOR, mas não teve jeito, o viado é rápido também. No fim, cheguei em casa, comi assistindo Greek (tenho que ver de novo porque não lembro de porra nenhuma) e fui dormir.

Pra quem tava esperando a noite mais FAIL da história, foi bem bacana até.

terça-feira, 26 de maio de 2009

Eu acho relativamente fácil reconhecer amigos. Uma vez, no primeiro ano de faculdade, eu fiz uma sopa aqui em casa e chamei os mais chegados, que eu conhecia fazia apenas alguns meses, mas eu já os considerava meus amigos. Acontece que deu tudo errado na sopa e ela saiu com sabor sal grosso. Nem eu aguentava comer aquilo, mas o pessoal comeu tudinho. Reclamando, rindo da minha cara, mas comeu. Foi ali que eu reconheci que eles realmente eram meus amigos, daqueles de verdade, que vão estar comigo nas horas boas mas também nas horas, digamos, salgadas. 

Agora... como reconhecer que as pessoas não são mais suas amigas? Ou nunca foram? Não existe um momento, acho que são vários momentos. Coisa que só você percebe... e no fim, é bem triste.