domingo, 28 de junho de 2009

Só pra não esquecer essa noite

Ontem, 27/06/2009, era pra ser sido uma bosta. Ia ter festa junina da sala, não tinhamos vendido nenhum ingresso, ninguém tava afim de trabalhar... enfim, expectativa zero. Mas, como já aprendi antes, expectativa é uma merda. No fim, a noite saiu melhor do que eu esperava, com três momentos tão inesquecíveis, a ponto de eu ressucitar esse blog só pra escrever como foi e nunca mais esquecer.

Pra começar, como eu disse, a festa não tinha NINGUÉM. Acho que a lotação máxima foi tipo, 12 pessoas. Resolvemos fingir que estavamos n'A Fazenda (ou BBB), naquelas festas onde só os participantes estão presentes. Maaas, como Deus é bom, ele inventou o álcool, e ele salva qualquer noite. Quando eu vi, estavamos no momento marcante número 1. Imagine 10 pessoas, vestidas de caipira, dançando "Um Morto Muito Louco" com passos de Thriller. Foi emocionante, nossa melhor homenagem ao Michael.

Continuamos nessa até umas 23h30 e, depois do Augusto contar sua maravilhosa história do café (em breve no Youtube), resolvemos ir na Rehab, uma baladinha rock/emo/indie que tava rolando no Bola 13. Obviamente, como qualquer pessoa NORMAL, eu e o Augusto fomos de caipira. Esse foi o momento número 2. Chegamos no Bola de calça com retalhos, camisa xadrez, chapéu, bigodinho feito à lapis e dente pintado de preto. O segurança olhou pra gente e perguntou:

- Vocês têm certeza que estão na festa certa?

Fingimos não ouvir e entramos mesmo assim. Galera lá dentro chocada com nossa cara de pau, não sei porque, sendo que 80% do pessoal também tava usando lápis no rosto. Ficamos lá pirando, dançando tipo Ting Tings com passos do Michael. Tá ligado aquele passinho que o MJ fazia, puxando chapéu pra baixo com uma mão e o saco com outra, enquanto gritava "AU"? Tipo, fizemos em todas as músicas. Priceless. Nada como um chapéu de palha (L). Eu já tava tão doido que nem precisei beber lá dentro, o que é um ponto positivo porque devo ter uns 8 reais na carteira até o dia 05.

Na verdade, a culpa de eu ter pouco dinheiro agora tem a ver com o terceiro e último momento foda da noite. Na hora que bateu a bad resolvi ir embora, deixei o Guto lá com a Jenny e segui para onde qualquer pessoa normal iria na minha situação: o drive thru do McDonald's. Que obviamente, estava LOTADO. Fingi que não estava acontecendo nada e entrei na fila dos carros. A pé. Vestido de caipira. Mais bêbado que o Rafael do Polegar. Se Amy Winehouse me visse ela sentiria vergonha. Mas enfim. Segui na fila, ignorando as piadinhas, rindo da maioria (tenho que admitir que o "DEIXOU A CARROÇA NO ESTACIONAMENTO?" vinda do carro de trás foi ótima) até chegar na cabine. A atendente obviamente caiu na risada quando me viu, desconfio que o meu bigode já estava todo borrado. Ela tentou segurar mas eu falei "tá, vai, pode rir", ai ficamos amigos.

Mentira, nem ficamos. Peguei meu Cheddar e vim pra casa, bem feliz, como se eu fosse a pessoa mais sensata do mundo. No caminho encontrei com o meu vizinho do apê do lado, tentei ir mais rápido para não ter que dividir o elevador, porque me bateu a idéia de que seria meio CONSTRANGEDOR, mas não teve jeito, o viado é rápido também. No fim, cheguei em casa, comi assistindo Greek (tenho que ver de novo porque não lembro de porra nenhuma) e fui dormir.

Pra quem tava esperando a noite mais FAIL da história, foi bem bacana até.

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